Eugène Ionesco, nascido em 26 de novembro de 1909 em Slatina, Romênia, foi um notável dramaturgo com raízes culturais duplas, tendo passado grande parte de sua infância em Paris. Em 1929, ingressa na Universidade de Bucareste, onde estuda filologia moderna e inicia sua carreira como professor de língua francesa. Aos 27 anos, Ionesco se casa com Rodica Burileanu, com quem tem uma filha, Marie-France Ionesco, inspiração para muitas de suas histórias infantis não convencionais. Em 1938, antes do início da Segunda Guerra Mundial, mudam-se para Paris, onde Ionesco obtém uma bolsa de estudos do governo francês para pesquisar a poesia de Baudelaire. No entanto, com a guerra iminente, o casal retorna a Bucareste, onde o autor passa a trabalhar como funcionário da administração romena durante o governo de Vichy. Após o término da guerra, a família retorna a Paris e Ionesco se torna revisor em uma casa editorial. Somente aos 40 anos, em 1949, Ionesco escreveu sua primeira peça, A cantora careca, inaugurando uma série de textos que o associaram ao Teatro do Absurdo, juntamente com Samuel Beckett. Nas décadas de 1950 e 1960, o autor produz uma série de peças curtas e obras notáveis, como A lição (1950), As cadeiras (1951), Vítimas do dever (1952) e O rinoceronte (1959), que se tornou um clássico. Ao longo de sua carreira, Ionesco escreve 39 peças teatrais, tendo também se dedicado à escrita de diários íntimos, ensaios, literatura infantil, desenho e pintura. Ionesco foi eleito membro da Academia Francesa de Letras em 1970 e faleceu em 28 de março de 1994, deixando um grande legado à literatura e ao teatro.