Jean-Paul Alègre, nascido em Les Perreux-sur-Marne, França, em 1951, é dramaturgo e diretor. Nos anos 1970, fundou a companhia Théâtre du Fil d’Ariane, para a qual escreveu suas primeiras peças. Tem mais de cinquenta títulos publicados na França e no exterior, muitos deles montados em quarenta países e traduzidos para 25 línguas. Em 2007, foi condecorado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras. Entre 2006 e 2011, dirigiu um grupo francês de escritores associados ao teatro, que reúne mais de trezentos literatos do campo. Em 2013, obteve o prêmio Journées de Lyon de Melhor Autor de Teatro pela peça Lettres croisées [Cartas cruzadas], e a Academia Francesa lhe concedeu, no ano seguinte, o prêmio Émile Augier por Agnès Belladone (2014). Alègre foi presidente da Fundação Paul Milliet e, atualmente, preside o espaço cultural Centre des Bords de Marne, localizado na Île-de-France. A literatura de Jean-Paul Alègre é objeto de diversos estudos universitários, e seus textos são frequentemente citados em livros acadêmicos e antologias. No Japão, país com o qual o autor tem bastante afinidade cultural, a tradutora Masako Okada prepara a antologia completa de suas obras. No Brasil, Eu, Ota, rio de Hiroshima é sua primeira publicação e permanece inédita nos palcos do país.